Muitos empreendedores possuem ideias interessantes e bons produtos, mas não sabem como vender pela internet. Ou, ainda, têm dúvidas de como montar uma estratégia de vendas online para começar a explorar os consumidores do meio digital.
O fato é que ficar de fora da internet é muito perigoso, principalmente em tempos onde tudo está cada vez mais conectado. Por isso destacamos alguns pontos que nortearão a entrada do seu negócio no ambiente online.
Planejamento e estratégia operacional
Todos sabemos que planejamento é um problema crônico no Brasil. Infelizmente, nós temos boas ideias mas pecamos na execução.
No ambiente online, onde todos podem ser e falar o que quiser, é importante planejarmos bem as coisas, definindo quais são os nossos objetivos. Além disso, uma das falhas mais comuns de empresas que não conseguem vender pela internet é a falta de planejamento – principalmente operacional.
Comece definindo bem os seus objetivos. Responda para você mesmo e documente:
- Por que eu quero vender pela internet?
- O que almejo conquistar com isso?
- Em quanto tempo?
- Existe um orçamento definido para isso?
- Para quem eu quero vender?
- Qual será a minha estratégia de posicionamento de mercado?
- Quais serão os meus indicadores de sucesso?
- Quem serão meus fornecedores?
Claro que aqui caberiam diversas outras perguntas – o ideal é, realmente, se fazer um planejamento completo. Mas não entraremos em mais detalhes aqui. Comecemos por entender o seu cenário atual.
Estoque e logística
Antes de mais nada, revise sua capacidade de produção ou aquisição e planeje como será o seu estoque para as vendas pela internet. Organizar isso te dará mais controle sobre a gestão e evitará imprevistos, como vendas de produtos que não estão mais disponíveis ou a perda de alguma oportunidade.
Da mesma maneira, pensar na logística é determinante. Afinal, ninguém gosta de atrasos e isso pode se tornar um chamariz para críticas da sua prestação de serviços. Por isso, defina parcerias com transportadoras – como os Correios – e defina uma política para despachar os produtos.
Dica Bônus: é legal ter uma promoção de frete para lançamento. As pessoas gostam de frete grátis e essa pode ser uma boa promoção de entrada 😉
Nota fiscal
Outro ponto importante é a nota fiscal, que deve ser emitida e entregue obrigatoriamente ao comprador. Não é legal deixar isso passar batido ou ignorar esse passo, já que isso é um direito do consumidor. Nesse caso, é sempre bom buscar a orientação de um contador de sua confiança.
Atendimento
Defina um canal de atendimento antes de começar as suas vendas. Deixar isso organizado é uma boa maneira de começar a gerar fidelização, além de ser um belo exemplo de trabalho de marca por meio de um canal de atendimento.
Além disso, as pessoas costumam ter uma visão errada sobre o setor de atendimento e enxergam isso como um lugar problemático. Na verdade, o atendimento proporciona relacionamento que, por sua vez, aproxima sua marca das pessoas e as fideliza.
Outra ótima dica de atendimento é ter um roteiro para a gestão de crises. Nem sempre as coisas saem conforme planejamos e o ideal é já saber o que fazer nessas horas.
Canal principal
Após definir uma base operacional, é necessário ter um lugar onde sua empresa possa ser encontrada.
Você precisa de um canal de vendas online.
Esse canal pode ser uma loja virtual, um website com vitrine virtual ou plataformas de venda.
O ideal é entender como funciona cada uma delas e escolher a que se adequa melhor ao seu contexto.
Ecommerce: Vendendo com uma loja virtual
Essa é a opção mais natural, pois ter o seu próprio e-commerce oferece vantagens à sua marca e um controle melhor do processo de vendas. Além disso, é melhor para desenvolver a proposta de comunicações e ações de marketing digital – como inbound marketing, por exemplo.
O legal da loja virtual proprietária é essa maior desenvoltura junto às ações de marketing e promoções, além de uma gestão melhor dos seus leads.
Website
Um website institucional, nesse caso, funciona mais como um ponto de exposição do seu produto/serviço do que um canal de vendas propriamente dito. É o modelo mais utilizado por prestadores de serviço, onde se expõe ali os serviços oferecidos e cria-se uma interface de contato entre a marca e a audiência.
Para produtos, acontece de termos websites com vitrines virtuais. É possível vender por eles utilizando-se gateways de pagamento como o PagSeguro, por exemplo.
Um website não possui a estrutura de um ecommerce, mas não deixa de ser uma boa opção.
Plataformas de venda
Uma solução muito utilizada são as plataformas de vendas, como o Mercado Livre ou o Enjoei. Elas funcionam como intermediários, que oferecem uma plataforma com toda a estrutura necessária para a venda acontecer.
No caso do Mercado Livre, existe uma grande estrutura que garante o funcionamento e a credibilidade da experiência de compra, como a Compra Garantida, o sistema de avaliações e pontuação dos vendedores, dentre outros.
A vantagem dessas plataformas é que existe toda uma chancela da plataforma sobre as marcas que ali estão. O que facilita muito, pois quebra a desconfiança e melhora a credibilidade de marcas novas perante o público.
A desvantagem é a forte concorrência interna e a falta de uma experiência contínua da sua empresa com os consumidores. Isso porque ele não está em um ambiente seu e sim em ponto de venda, dentro de um mercado online.
Marketplace
Os marketplaces têm ganhado força no mercado digital, principalmente com a crescente demanda de parcerias entre negócios complementares. É muito comum ver empresas de software, por exemplo, oferecer um espaço a seus parceiros. Ou sites de nicho com espaços para profissionais.
Um exemplo legal é o Get Ninjas, uma plataforma para encontrar profissionais freelancers de várias áreas. Outro site interessante, mas feito para um nicho específico, é o advcorrespondente.com.br, que oferece uma interface de negócios entre advogados.
Meios de pagamento
Escolher as formas de pagamento é importante para você e para o seu cliente. Aqui, o importante é avaliar uma dinâmica existente entre a opção mais vantajosa e a mais aceita. Não adianta obter uma condição tarifária sensacional e não vender nada.
Claro que isso envolve outros aspectos, mas o importante é pensar na experiência como um todo. Se o seu site possui um ambiente seguro, um design amigável que facilita o processo de compra e trabalha junto com sua proposta de comunicação e marketing e tem boas promoções e estratégias, uma condição de tarifa vantajosa é ótima, pois o gateway não vai influenciar no processo final de compra.
Mas caso você possua uma operação nova ou não disponha de grandes recursos de design e marketing, pagamentos feitos com soluções conhecidas como o PagSeguro ou o Moip podem contribuir positivamente para que o consumidor se sinta seguro na hora de digitar seus dados de compra.
Se sua opção for trabalhar com plataformas de vendas, elas geralmente possuem um sistema de pagamento próprio – como o Mercado Pago, do Mercado Livre. Normalmente, toda essa parte já está sob a chancela da própria plataforma, o que também contribui positivamente na hora de o usuário finalizar a compra.
Estratégia de divulgação
Quem não é visto, não é lembrado. Não adianta investir em um canal legal de vendas e não impactar ninguém. É preciso definir uma estratégia para levar sua mensagem às pessoas. Elas precisam saber o quanto o seu trabalho é bom, da novidade que chegou ou da promoção de frete grátis da semana.
Redes Sociais
As redes sociais amplificam a internet enquanto plataforma de negócio. Justamente pelo fato de promover relacionamentos. E são várias as estratégias que podemos trabalhar com elas.
Você pode utilizar o Facebook, que é a maior rede social do mundo e possui ótimas ferramentas de divulgação. Ou o Instagram, que possui um ótimo potencial de engajamento, o Pinterest, Twitter, dentre outros.
A sacada está em conversar com o cliente certo utilizando uma boa estratégia de marketing para redes sociais.
Dica de ouro: Estimule e gerencie feedbacks
Muitas pessoas não utilizam o grande poder da recomendação. Nós estamos mais propensos a comprar de quem confiamos.
Quando alguém recomenda seu produto ou dá um feedback positivo, isso contribui no processo de construção de autoridade e confiança na sua marca.
Estimular isso é dar um passo à frente, pois é um marketing voluntário, espontâneo e de grande poder. Utilize reviews e depoimentos, entre outros.
E não se preocupe com comentários ruins. Preocupe-se em resolver problemas e transformar experiências ruins em cases de bom atendimento. As pessoas sabem – e nós também – que problemas acontecem. Por isso, tente lidar com isso de maneira estratégica e inteligente.
Como vender mais
Por fim, se você quiser vender mais pela internet, uma dica de complemento são as estratégias de conteúdo e mídia paga. Hoje o anúncio em grandes players como Facebook e Google é algo acessível a todos. Com um bom planejamento, é possível impactar as pessoas certas.
Além disso, você pode utilizar estratégias avançadas de remarketing e Inbound Marketing – uma metodologia que irá acompanhar o seu lead durante todo o processo de compra e retenção utilizando conteúdo, sejam posts em blog, vídeos, materiais para download etc.
Concluindo
Se você precisava de uma força e não sabia como vender pela internet, esse é um bom roteiro para você se organizar e começar a empreender na maior plataforma de negócios do mundo.
O importante é se estruturar operacionalmente e estrategicamente, com um planejamento bem feito. Esse planejamento solucionará as questões de logística, produto, qual site utilizar e em quais canais se deve divulgar, já que são muito relacionadas ao seu modelo de negócio e seus objetivos.
Esperamos que esse post te ajude a começar a alavancar suas vendas. E, caso tenha ficado alguma dúvida, é só deixar nos comentários. Até a próxima!